Em diversos momentos da história, vimos nações ruírem devido ao fanatismo político. Quando a população se entrega cegamente a um líder, ignorando seus erros e defendendo-o a qualquer custo, o país caminha para um cenário perigoso. A idolatria política transforma governantes em figuras intocáveis, inquestionáveis e acima da lei, permitindo que tomem decisões desastrosas sem resistência popular.
A história nos mostra diversos exemplos de países que sofreram com o fanatismo político e suas consequências. O caso mais emblemático foi o da Alemanha nazista, onde Hitler foi idolatrado por grande parte da população, que acreditava que ele traria prosperidade e orgulho nacional. No entanto, sua ascensão ao poder resultou em um regime totalitário, perseguições e a Segunda Guerra Mundial. O mesmo ocorreu na União Soviética sob Josef Stálin, onde a propaganda estatal transformou o ditador em um líder infalível, gerando repressão, fome e censura.
A Venezuela também exemplifica bem esse fenômeno. Hugo Chávez e, posteriormente, Nicolás Maduro mantiveram discursos populistas que esconderam a destruição econômica e social do país. A Coreia do Norte institucionalizou o fanatismo, onde a dinastia Kim é adorada como deuses, mantendo a população sob forte repressão e isolamento.
No Brasil, a polarização política tem levado parte da população a ignorar erros de seus governantes em nome de uma fidelidade cega. Assim como em outros países, a idolatria cria bolhas ideológicas, impedindo debates saudáveis e promovendo a desinformação. Escândalos de corrupção, fracassos econômicos e erros administrativos são frequentemente relativizados ou justificados por seus apoiadores, enquanto qualquer crítica é vista como um ataque político.
Uma boa analogia para essa situação é imaginar uma nação como um ônibus em uma estrada sinuosa. O motorista é o líder político, e os passageiros são os eleitores. Quando há debate e crítica, os passageiros ajudam o motorista a dirigir melhor, apontando os perigos da estrada. No entanto, quando os passageiros se tornam fanáticos, ignoram os avisos de que o motorista está acelerando rumo a um precipício. Quando percebem que estão caindo, já é tarde demais.
A história prova que o fanatismo político nunca termina bem. O Brasil precisa aprender com os erros de outras nações e entender que questionar políticos não significa traição, mas sim responsabilidade cidadã. O verdadeiro patriotismo não está na idolatria a líderes, mas na exigência por uma gestão responsável e transparente.